Na última década, os avanços em sala de aula foram bem mais lentos do que o esperado – e o necessário. Os números reunidos no relatório do MEC, revelam que o Brasil deixou de atingir as metas mais básicas rumo à excelência acadêmica. Elas compõem o Plano Nacional de Educação, documento formulado dez anos atrás, durante o governo Fernando Henrique, que, pela primeira vez, definiu objetivos concretos para a educação pública do país, justamente até 2010. A meta para este ano era chegar a 10%, índice ainda alto – mas a repetência estacionou em 13%, como em alguns dos países africanos.
Foi apontado em relatório da UNESCO SÃO PAULO elevado índices de repetência e de abandono da escola no Brasil estando entre os mais elevados da América Latina. Segundo o Relatório de Monitoramento de Educação para Todos de 2010, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a qualidade da educação no Brasil é baixa, principalmente no ensino básico, apontando ainda que, apesar da melhora apresentada entre 1999 e 2007, o índice de repetência no ensino fundamental brasileiro (18,7%) é o mais elevado na América Latina e fica expressivamente acima da média mundial (2,9%). O alto índice de abandono nos primeiros anos de educação também alimenta a fragilidade do sistema educacional do Brasil. Cerca de 13,8% dos brasileiros largam os estudos já no primeiro ano no ensino básico. São apontados pelos técnicos da UNESCO como fatores determinantes para a avaliação da qualidade do ensino a estrutura física precária das escolas e o número baixo de horas em sala de aula e a baixa qualidade do seu ensino.
A crise financeira que ainda reprime o desenvolvimento de países em todo o mundo também tem um reflexo bastante negativo na educação. De acordo com a organização, o aumento da pobreza e os cortes nos orçamentos públicos das nações podem comprometer os progressos alcançados na educação na última década, principalmente nos países pobres.
Finalizando, segundo o relatório, seria necessário cobrir um déficit de US$ 16 bilhões para atingir essas metas, acabando com o analfabetismo, que hoje atinge cerca de 759 milhões de adulto no mundo, e possibilitando que as mais de 140 milhões de crianças e jovens que continuam fora da escola tenham a oportunidade de estudar.
O Brasil conta hoje com apenas 14% dos jovens em idade considerada ideal (entre 18 e 24 anos) na universidade. É um número mínimo na comparação até com países da América Latina, como o Chile, onde a taxa já está em 21% – e também frustrante diante da meta do presente plano de educação, que previa, a esta altura, pelo menos 30% dos jovens brasileiros no ensino superior. A tendência futuramente será de melhorar o ensino Brasileiro, com dirigentes no poder que podemos ter a certeza que este fato será consumado urgentemente podendo-se investir com mais vigor na tão almejada excelência acadêmica dos futuros do nosso país.
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